Corretivos da acidez do solo e níveis de umidade no desenvolvimento da cana-de-açúcar

Resumo

A cana-de-açúcar (Saccharum spp.) é uma cultura bastante disseminada por todo território brasileiro devido ao seu fácil cultivo e seus múltiplos usos como a produção de açúcar, álcool e alimentação animal. Para que sua produção seja satisfatória, deve ser adequada a combinação de fatores como umidade e correção da acidez do solo. Este trabalho teve como objetivo avaliar o uso dos corretivos calcário e escória, em três níveis de umidade no solo, na produção de matéria seca da parte aérea, das folhas, do colmo, da raiz e o número de colmos da cana-de-açúcar. Foram avaliados cinco níveis dos corretivos calcário e escória de siderurgia, de modo que a saturação por bases (V%) permanecesse após incubação com: N₁ (testemunha, V = 21,4%), N₂ (V = 40%); N₃ (V = 60%); N₄ (V = 80%) e N₅ (V = 100%). A incubação foi realizada em sacos plásticos por 21 dias, com umidade próxima a 70%. Após 150 dias de cultivo,  procedeu-se a contagem do número de colmos (NC) e o corte da parte aérea, separando-se o colmo das folhas, determinando-se a matéria seca da parte aérea (MSPA), matéria seca da folha (MSF), matéria seca do colmo (MSC) matéria seca das raízes (MSR). O uso de corretivos da acidez do solo, níveis de água e níveis de saturação por bases influenciam o desenvolvimento e nutrição mineral da cana-de-açúcar. Para os menores níveis de água no solo (60 e 80%CC), a escória promoveu maior produção de matéria seca da parte aérea da cana-de-açúcar, em relação ao calcário. O aumento da saturação por bases  com a aplicação de doses crescentes de calcário e escória incrementaram a produção de matéria seca da parte aérea, folhas, caule e raízes da cana-de-açúcar.