Fitossociologia da regeneração natural de um fragmento urbano de Floresta Estacional Semidecidual (Juiz de Fora, MG)
DOI:
https://doi.org/10.5039/agraria.v9i1a3538Palavras-chave:
diversidade, floresta secundária, floresta urbana, invasão biológicaResumo
As florestas urbanas são componentes significativos da paisagem, imprescindíveis para a conservação da biodiversidade nas cidades. O objetivo do estudo foi analisar a estrutura fitossociológica da regeneração arbórea em um pequeno fragmento urbano de floresta estacional semidecidual (2 ha) em Juiz de Fora, MG. Foram alocadas 25 parcelas de 5 x 5 m em que foram amostrados todos os indivíduos com o diâmetro na altura do peito (DAP) < 5 cm e altura > 1 m. Foram amostrados 1066 indivíduos pertencentes a 71 espécies, com forte predomínio de pioneiras (47% da riqueza e 69% da densidade). As espécies mais representativas foram Myrcia splendens, Anadenanthera colubrina, Miconia urophylla, Vismia guianensis e a exótica invasora Syzygium jambos que, juntas, somaram 40,5% do VI total. O índice de diversidade de Shannon foi 3,17 nats ind-1 e o índice de equabilidade de Pielou 0,74, sinalizando a existência de dominância ecológica. A análise de correspondência segmentada (DCA) detectou a presença de forte gradiente florístico associando espécies utilizadas preteritamente para sombreamento (Anadenanthera colubrina e Piptadenia gonoacantha) com a exótica Coffea arabica. Apesar dos seus 70 anos de regeneração natural, os resultados indicaram uma comunidade regenerante com dificuldades de avanço sucessional.
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