Regeneração natural avançada de um fragmento de mata ciliar em Jaguari, RS, Brasil
DOI:
https://doi.org/10.5039/agraria.v7i2a1528Palavras-chave:
aspectos ecológicos, diversidade vegetal, estrutura de comunidades, floresta ripária, subbosqueResumo
Para a manutenção e conservação de matas ciliares faz-se necessário o conhecimento do potencial das espécies em propagar-se na comunidade, através da regeneração natural. Nesse contexto, o presente trabalho tem como objetivo caracterizar a regeneração natural de uma mata ciliar em Jaguari, na região Central do Rio Grande do Sul, por meio da descrição da diversidade, parâmetros estruturais, síndromes de dispersão e grupos sucessionais das espécies constituintes. Para a amostragem foram instaladas sistematicamente 15 parcelas com dimensão de 5 x 10 m. Nas parcelas foram identificados e medidos os indivíduos com altura (h) igual ou maior a 1,5 m e diâmetro a altura do peito (DAP) menor que 10 cm. Foram amostrados 546 indivíduos pertencentes a 16 famílias e 26 espécies. A família Myrtaceae apresentou maior riqueza específica (6 espécies) e maior porcentagem de indivíduos (54,8%). Estimou-se o índice de Shannon em 2,21 nats.ind-1 e o índice de Pielou em 0,68, indicando respectivamente baixa diversidade e uma distribuição dos indivíduos não uniforme entre as espécies. Eugenia uniflora L. foi a espécie mais característica da regeneração natural. Constatou-se que há déficit de indivíduos de porte pequeno (0,3 ? DAP <1,3 cm; 1,5 ? h < 2,5 m). A zoocoria foi a síndrome de dispersão mais difundida na regeneração natural, sendo a principal forma de aporte de diásporos no local. A maior parte das espécies amostradas é secundária inicial (50,0%) ou pioneira (26,9%), revelando que a mata ciliar encontra-se em fase de recuperação de atividades antrópicas.
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