Crescimento de mudas de Enterolobium contortisiliquum, em viveiro e a campo, produzidas em diferentes recipientes e doses de fertilizante

Resumo

Estudos abordando o desenvolvimento de espécies florestais na fase inicial de estabelecimento, via de regra, analisa apenas seu crescimento em viveiro, não considerando a fase de pós-plantio. Desse modo, este estudo objetivou avaliar a sobrevivência e o crescimento, em viveiro e a campo, de mudas de Enterolobium contortisiliquum produzidas com diferentes volumes de recipientes e doses de fertilizante de liberação controlada (FLC). Os tratamentos constituíram-se de dois volumes de recipientes (110 e 180 cm3) combinados com cinco doses de FLC (0, 3, 5, 7 e 9 g L-1). No viveiro, aos 150 dias após o semeio, avaliaram-se a altura (H), o diâmetro do coleto (DC), as matérias secas da parte aérea (MSPA), radicular (MSR) e total (MST), e o índice de qualidade de Dickson (IQD). Aos 360 dias após o plantio no campo, avaliaram-se a sobrevivência, H e DC. Constatou-se a interação para DC, assim como o efeito do volume do recipiente na MSPA, MSR, MST e IQD. A dose de máxima eficiência técnica (DMET) de FLC em viveiro variou entre 6,50 e e 9,74 g L-1. Isso permitiu inferir sobre a dose necessária para rápida expedição das mudas ao campo. Observou-se os efeitos negativos da ausência de adubação de base na sobrevivência das plantas no campo, porém não houve influência dos tratamentos testados sobre o crescimento das mudas após 360 dias do plantio. Na produção de mudas de Enterolobium contortisiliquum, a utilização do tubete de 110 cm3 conjuntamente com a dose de 3 g L-1de FLC, proporcionam desempenho adequado das mudas no pós-plantio. Entretanto, doses superiores a 7 g L-1 podem acelerar a expedição das mudas do viveiro para cerca de seis meses após semeadura.