Composição química da matéria orgânica de lodos de esgoto
DOI:
https://doi.org/10.5039/agraria.v10i3a5174Palavras-chave:
biossólidos, compostos orgânicos, fertilizante orgânicoResumo
Lodos de esgoto podem ser reciclados no solo agrícola como fonte de nutrientes para as plantas e visando o aumento no teor de matéria orgânica. O objetivo do presente trabalho foi caracterizar a fração orgânica de lodos de esgoto (teores totais, orgânicos e inorgânicos de carbono, nitrogênio e fósforo; concentrações de carbono solúvel em água, açúcares solúveis, proteína bruta, lipídeos, hemicelulose, celulose, lignina, fenóis e taninos totais), de modo a auxiliar no planejamento de seu uso na agricultura. Foram utilizados cinco tipos de lodos de esgoto com diferenças quanto às etapas posteriores de condicionamento químico e/ou tratamento complementar para desidratação, sendo três provenientes de processo anaeróbio: cal e cloreto férrico, desidratado mecanicamente (LAC); polímero sintético e desidratado mecanicamente (LAP); polímero sintético e desidratado termicamente (LAS), e dois de processo aeróbio de digestão: condicionamento com polímero sintético e secagem em leitos (LLP); LLP após processo de compostagem em pilhas aeradas em mistura com bagaço de cana-de-açúcar e restos de poda urbana, composto de lodo (CL). O condicionamento com polímero e secagem térmica conservou mais a matéria orgânica do resíduo, o que foi evidenciado pela presença de maiores teores de compostos orgânicos facilmente degradáveis, bem como de carbono (337,24 g kg-1), nitrogênio (39,02 g kg-1) e fósforo (2,93 g kg-1) no compartimento orgânico. Em todos os lodos houve expressiva participação do conteúdo protéico na matéria orgânica, que foi de aproximadamente 43, 42, 28 e 25 % para os lodos de esgoto LAC, LAP, LAS, LLP e CL, respectivamente.
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